Literatura
1) Você já aprendeu a fazer paródia. Então, faça uma paródia do poema abaixo:
Canção do Exílio
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar — sozinho, à noite —
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Gonçalves Dias
2) Agora, leia o poema abaixo de Gonçalves Dias e, em seguida, escreva o que você achou do mesmo.
Ainda Uma Vez, Adeus
Gonçalves Dias
Gonçalves Dias escreveu este poema após encontrar-se pela última vez, em Portugal, com sua amada Ana Amélia, à qual renunciara por imposição da família da jovem, de diferente classe social, destinada a casar-se com outro.
Em uma viagem de retorno ao Brasil, o Poeta morreu num naufrágio. Mas a comoção daquele último encontro ficará para sempre registrada neste poema fascinante.
Ainda uma vez, adeus
Enfim te vejo! - enfim posso,
Curvado a teus pés, dizer-te,
Que não cessei de querer-te,
Pesar de quanto sofri.
Muito penei! Cruas ânsias,
Dos teus olhos afastado,
Houveram-me acabrunhado
A não lembrar-me de ti!
II
Dum mundo a outro impelido,
Derramei os meus lamentos
Nas surdas asas dos ventos,
Do mar na crespa cerviz!
Baldão, ludíbrio da sorte
Em terra estranha, entre gente,
Que alheios males não sente,
Nem se condói do infeliz!
III
Louco, aflito, a saciar-me
D'agravar minha ferida,
Tomou-me tédio da vida,
Passos da morte senti;
Mas quase no passo extremo,
No último arcar da esperança,
Tu me vieste à lembrança:
Quis viver mais e vivi!
IV
Vivi; pois Deus me guardava
Para este lugar e hora!
Depois de tanto, senhora,
Ver-te e falar-te outra vez;
Rever-me em teu rosto amigo,
Pensar em quanto hei perdido,
E este pranto dolorido
Deixar correr a teus pés.
V
Mas que tens? Não me conheces?
De mim afastas teu rosto?
Pois tanto pôde o desgosto
Transformar o rosto meu?
Sei a aflição quanto pode,
Sei quanto ela desfigura,
E eu não vivi na ventura...
Olha-me bem, que sou eu!
VI
Nenhuma voz me diriges!...
Julgas-te acaso ofendida?
Deste-me amor, e a vida
Que me darias - bem sei;
Mas lembrem-te aqueles feros
Corações, que se meteram
Entre nós; e se venceram,
Mal sabes quanto lutei!
VII
Oh! se lutei!... mas devera
Expor-te em pública praça,
Como um alvo à populaça,
Um alvo aos dictérios seus!
Devera, podia acaso
Tal sacrifício aceitar-te
Para no cabo pagar-te,
Meus dias unindo aos teus?
VIII
Devera, sim; mas pensava,
Que de mim t'esquecerias,
Que, sem mim, alegres dias
T'esperavam; e em favor
De minhas preces, contava
Que o bom Deus me aceitaria
O meu quinhão de alegria
Pelo teu, quinhão de dor!
IX
Que me enganei, ora o vejo;
Nadam-te os olhos em pranto,
Arfa-te o peito, e no entanto
Nem me podes encarar;
Erro foi, mas não foi crime,
Não te esqueci, eu to juro:
Sacrifiquei meu futuro,
Vida e glória por te amar!
X
Tudo, tudo; e na miséria
Dum martírio prolongado,
Lento, cruel, disfarçado,
Que eu nem a ti confiei;
"Ela é feliz (me dizia)
"Seu descanso é obra minha."
Negou-me a sorte mesquinha...
Perdoa, que me enganei!
XI
Tantos encantos me tinham,
Tanta ilusão me afagava
De noite, quando acordava,
De dia em sonhos talvez!
Tudo isso agora onde pára?
Onde a ilusão dos meus sonhos?
Tantos projetos risonhos,
Tudo esse engano desfez!
XII
Enganei-me!... - Horrendo caos
Nessas palavras se encerra,
Quando do engano, quem erra.
Não pode voltar atrás!
Amarga irrisão! reflete:
Quando eu gozar-te pudera,
Mártir quis ser, cuidei qu'era...
E um louco fui, nada mais!
XIII
Louco, julguei adornar-me
Com palmas d'alta virtude!
Que tinha eu bronco e rude
C'o que se chama ideal?
O meu eras tu, não outro;
Stava em deixar minha vida
Correr por ti conduzida,
Pura, na ausência do mal.
XIV
Pensar eu que o teu destino
Ligado ao meu, outro fora,
Pensar que te vejo agora,
Por culpa minha, infeliz;
Pensar que a tua ventura
Deus ab eterno a fizera,
No meu caminho a pusera...
E eu! eu fui que a não quis!
XV
És doutro agora, e pr'a sempre!
Eu a mísero desterro
Volto, chorando o meu erro,
Quase descrendo dos céus!
Dói-te de mim, pois me encontras
Em tanta miséria posto,
Que a expressão deste desgosto
Será um crime ante Deus!
XVI
Dói-te de mim, que t'imploro
Perdão, a teus pés curvado;
Perdão!... de não ter ousado
Viver contente e feliz!
Perdão da minha miséria,
Da dor que me rala o peito,
E se do mal que te hei feito,
Também do mal que me fiz!
XVII
Adeus qu'eu parto, senhora;
Negou-me o fado inimigo
Passar a vida contigo,
Ter sepultura entre os meus;
Negou-me nesta hora extrema,
Por extrema despedida,
Ouvir-te a voz comovida
Soluçar um breve Adeus!
XVIII
Lerás porém algum dia
Meus versos d'alma arrancados,
D'amargo pranto banhados,
Com sangue escritos; - e então
Confio que te comovas,
Que a minha dor te apiade
Que chores, não de saudade,
Nem de amor, - de compaixão.
3) Leia o poema "Retrato" de Cecília Meireles abaixo e, em seguida, faça uma paródia.
Retrato
Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
— Em que espelho ficou perdida
a minha face?
4) Agora, leia este poema de Cecília Meireles e responda às questões seguintes:
O canteiro está molhado
O canteiro está molhado.
Trarei flores do canteiro,
Para cobrir o teu sono.
Dorme, dorme, a chuva desce,
Molha as flores do canteiro.
Noite molhada de chuva,
Sem vento, nem ventania,
Noite de mar e lembranças..."
1) Que sentimentos o eu lírico transmite-nos ?
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2) O que o eu lírico sugere-nos quando disse para seu interlocutor que ele está dormindo ? O que provavelmente
aconteceu com ele ?
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3) Onde o eu lírico disse que colocará as flores colhidas no canteiro ?
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4) Metáfora é uma figura de linguagem em que há uma comparação. Qual é o significado de "a chuva desce" de acordo com o texto ?
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5) Quantos versos há no texto ?
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6) Como são classificadas as estrofes do texto ? Por quê ?
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7) Cite cinco substantivos presentes no texto.
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8) Cite o substantivo comum, simples e abstrato do texto.
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9) Há adjetivos no texto? Se sim, cite-os.
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10) Cite os verbos do texto e especifique seus tempos verbais.
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5) Leia o poema abaixo:
Presença em Pompeia
Esta conta não pagarás:
— ficará sob uma cinza que não sabes.
Sob a cinza que ainda não sabes
ficará teu filho por nascer
e também os meninos que já sabiam desenhar nos muros.
Ficarão os figos que ontem puseste na cesta.
Ficarão as pinturas da tua sala
e as plantas do teu jardim, de estátuas felizes,
sob a cinza que não sabes.
Os gladiadores anunciados não lutarão
e amanhã não verás, próximo às termas,
a mulher que desejavas.
Tu ficarás com a chave da tua porta na mão;
tu, com o rosto da amada no peito;
amo e servo se unirão, no mesmo grito;
os cães se debaterão com mordaças de lava;
a mão não poderá encontrar a parede;
os olhos não poderão ver a rua.
As cinzas que não sabes voarão sobre Apolo e Ísis.
É uma noite ardente, a que se prepara,
enquanto a luz contorna a coluna e o jato d'água:
6) Click nos links abaixo e leia as informações sobre Pompeia:
pt.wikipedia.org/wiki/%C3%8Dsis
pt.wikipedia.org/wiki/Gladiador
pt.wikipedia.org/wiki/Termas_romanas
7) Veja as ilustrações referentes ao texto
1) O que é Pompeia ?
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2) O que ocorreu com Pompeia ?
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3) Quem é o interlocutário do poema de Cecília Meireles ?
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4) Quem é Apolo citado no poema de Cecília Meireles ?
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5) Quem é Ísis ?
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6) A quem se refere a autora quando menciona "gladiadores" ?
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7) O que são "termas" citadas no poema ?
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8) Por que o eu lírico disse que os gladiadores anunciados não lutarão ?
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9) De onde vêm as cinzas citadas no poema ?
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10) Classifique todas as estrofes de acordo com o número de versos .
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8) Leia o poema de Vinícius de Morais, assista ao vídeo em seguida para responder às questões que seguem:
A rosa de Hiroshima
Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas oh não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada
pt.wikipedia.org/wiki/Bombardeamentos_de_Hiroshima_e_Nagasaki
1) Onde fica Hiroshima ?
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2) O que aconteceu lá ?
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3) Quando este fato aconteceu ?
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4) Qual foi a importância histórica desse acontecimento ?
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5) Quem foram os autores dos bombardeamentos ?
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6) Quantas pessoas morreram em Hiroshima ?
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7) Qual é o significado de "Rosa de Hiroshima" no 11º verso ?
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8) Por que, nos últimos versos, o poeta diz que a rosa não tem cor nem perfume ?
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9) O que significa dizer que esta rosa é radioativa ?
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10) Quem são as mulheres rotas alteradas citadas no texto ?
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9) Assista ao vídeo abaixo para responder às questões:
1) Cite algumas vantagens que, para o autor, existem quando se tem amigos.
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2) Metáfora é uma figura de linguagem que faz uma comparação subjetiva. Cite uma metáfora de amigo
para Machado de Assis.
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3) Para o autor, como são classificadas as pessoas que têm amigos ?
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4) Segundo Machado de Assis, como são chamados os indivíduos que sofrem pelos amigos ?
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5) O que as pessoas que sofrem mais pelos amigos fazem ?
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6) Por quê ?
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7) De acordo com o texto, o que os amigos podem fazer pela pessoa ?
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8) O que o autor quis dizer com: "Amigo é a base quando falta o chão" ?
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9) Por que as pessoas que possuem amigos sem pedir são abençoadas segundo o eu lírico ?
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10) Por que os indivíduos que guardam amigos são benditos segundo o texto ?
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10) Assista ao filme "Trem de Ferro":
11) Leia o texto para responder às perguntas:
Trem de Ferro
Café com pão
Café com pão
Café com pão
Virge Maria, que foi isso maquinista?
Agora sim
Café com pão
Agora sim
Voa, fumaça
Corre, cerca
Ai seu foguista
Bota fogo
Na fornalha
Que eu preciso
Muita força
Muita força
Muita força
(trem de ferro, trem de ferro)
Oô...
Foge, bicho
Foge, povo
Passa ponte
Passa poste
Passa pasto
Passa boi
Passa boiada
Passa galho
Da ingazeira
Debruçada
No riacho
Que vontade
De cantar!
Oô...
(café com pão é muito bom)
Quando me prendero
No canaviá
Cada pé de cana
Era um oficiá
Oô...
Menina bonita
Do vestido verde
Me dá tua boca
Pra matar minha sede
Oô...
Vou mimbora vou mimbora
Não gosto daqui
Nasci no sertão
Sou de Ouricuri
Oô...
Vou depressa
Vou correndo
Vou na toda
Que só levo
Pouca gente
Pouca gente
Pouca gente...
(trem de ferro, trem de ferro)
pt.wikipedia.org/wiki/Ouricuri
www.dicionarioinformal.com.br/definicao.php?palavra=foguista&id=1374
www.priberam.pt/dlpo/default.aspx?pal=fornalha
1) O que sugere o ritmo do poema ?
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2) Como se classifica a linguagem do autor no texto ?
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3) De onde o autor diz ser ? Onde se localiza ?
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4) Há vocábulos grafados incorretamente ? Se houver, cite-os e faça as devidas correções.
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5) De acordo com o texto, qual o significado de foguista ?
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6) Qual é o significado de "fornalha" que se ajusta ao texto ?
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7) Cite 10 substantivos concretos, comuns, simples e primitivos do texto.
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8) Há algum substantivo abstrato no texto ? Se houver, cite-o.
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9) Cite os adjetivos expressos no texto.
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10) Cite os substantitvos próprios do texto.
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12) Leia o poema abaixo intitulado "Pronominais" de Oswald de Andrade:
Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro.
Agora, responda às questões seguintes:
1) Há alguma incorreção gramatical no texto acima ? Se sim, cite-a.
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2) Qual é o gênero literário do texto ? Por quê ?
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3) O que é gramática ?
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13) Assista a este vídeo de Vinícius de Moraes:
14) Agora, leia abaixo o poema "Soneto de Fidelidade" para responder às questões seguintes:
Soneto da fidelidade
De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa (me) dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
15) Leia o texto em prosa "Procura-se um amigo" de Carlos Drummond de Andrade:
Procura-se um amigo
Não precisa ser homem, basta ser humano, basta ter sentimentos, basta ter coração. Precisa saber falar e calar, sobretudo saber ouvir. Tem que gostar de poesia, de madrugada, de pássaro, de sol, da lua, do canto, dos ventos e das canções da brisa. Deve ter amor, um grande amor por alguém, ou então sentir falta de não ter esse amor.. Deve amar o próximo e respeitar a dor que os passantes levam consigo. Deve guardar segredo sem se sacrificar.
Não é preciso que seja de primeira mão, nem é imprescindível que seja de segunda mão. Pode já ter sido enganado, pois todos os amigos são enganados. Não é preciso que seja puro, nem que seja todo impuro, mas não deve ser vulgar. Deve ter um ideal e medo de perdê-lo e, no caso de assim não ser, deve sentir o grande vácuo que isso deixa. Tem que ter ressonâncias humanas, seu principal objetivo deve ser o de amigo. Deve sentir pena das pessoa tristes e compreender o imenso vazio dos solitários. Deve gostar de crianças e lastimar as que não puderam nascer.
Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos, que se comova, quando chamado de amigo. Que saiba conversar de coisas simples, de orvalhos, de grandes chuvas e das recordações de infância. Precisa-se de um amigo para não se enlouquecer, para contar o que se viu de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade. Deve gostar de ruas desertas, de poças de água e de caminhos molhados, de beira de estrada, de mato depois da chuva, de se deitar no capim.
Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque já se tem um amigo. Precisa-se de um amigo para se parar de chorar. Para não se viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas. Que nos bata nos ombros sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo, para ter-se a consciência de que ainda se vive.
16) Assista ao vídeo "Sonhos de Menina" de Cecília Meireles:
16) Agora, leia o poema "Sonhos de Menina" de Cecília Meireles:
Sonhos da Menina
A flor com que a menina sonha
está no sonho?
ou na fronha?
Sonho
risonho:
O vento sozinho
no seu carrinho.
De que tamanho
seria o rebanho?
A vizinha
apanha
a sombrinhav de teia de aranha...
Na lua há um ninho
de passarinho.
A lua com que a menina sonha
é o linho do sonho
ou a lua da fronha?
17) Assista, agora a este filme sobre o poeta Olavo Bilac:
18) Assista a este vídeo sobre o poema "Língua Portuguesa" de Olavo Bilac:
20)
Projeto Ambiental
Leia o poema abaixo de Castro Alves
AS DUAS FLORES
Agora, responda: 1) Cite as palavras referentes à natureza. R - _________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________ 2) O que o ser humano atual deve fazer para manter a beleza da natureza ? R - _________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________ 3) Qual é o significado da expressão "rosas da vida" ? R - _________________________________________________________________________________________________ 4) Quem são "as duas flores unidas" citadas no texto ? R - _________________________________________________________________________________________________ 5) Que sentimentos o eu lírico expressa ? R - _________________________________________________________________________________________________
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